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Elegância e savoir-faire


A Elegância do Ouriço é realmente um livro para quem aprecia literatura, arte e música (afinal não é tudo uma coisa só?), pois essas são as obsessões da protagonista. A narrativa em primeira pessoa é partilhada com outra personagem que expõe seus Pensamentos Profundos, a partir de seu núcleo familiar e de fatos em seu entorno.


Assim, essas vozes se misturam e expõem aparências e incongruências nas diferenças entre classes sociais, que acabam por se desmistificar. O leitor se envolve e, desavisado, se depara com um final inesperado, o que não desmerece o romance, pelo contrário. Justamente como acontece na vida real, pensamos: Mas justamente agora?


A protagonista filosofa e filosofamos juntos. As observações da garota de 12 anos e da mulher de 54 também podem ser nossas próprias observações, em qualquer idade.


A elegância pode ser um tanto quanto selvagem tanto mais quando ela se apóia no saber autodidata e na observação apurada, o que a despe do estigma da chatice e da uniformidade intelectual. Recomendadíssimo.




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